


O amor platônico, todo romântico sabe, é
aquele que nunca se concretiza. "Platônico" vem de Platão, justamente
porque o filósofo grego acreditava na existência de dois mundos - o das
idéias, onde tudo seria perfeito e eterno, e o mundo real, finito e imperfeito, mera cópia mal-acabada do mundo ideal.
Quem nunca sentiu a dor no peito de um amor não realizado, de um
sentimento não correspondido e mesmo assim idealizado dentro do peito?
Quem é aquele que já confundiu o sentimento amor com o sentimento de uma
amizade profunda e insubstituível? Vários de nós...
Estava
passeando por belas obras nos blogs por aí e me deparei com um texto
ótimo sobre o maior símbolo do amor platônico já existente: Charlie
Brown e a garotinha ruiva. “De todas as criações de Charles Schulz ,
nenhuma foi tão marcante quanto a garotinha ruiva, símbolo-mor de todos
os amores sonhados, queridos e nunca concretizados.”
“Pobre
Charlie Brown. Todos nós sentimos compaixão por ele, porque ele
simboliza todas as nossas frustrações, inseguranças e fracassos na vida.
O que dizer de alguém que não recebeu um cartão sequer no Dia dos
Namorados, jamais conseguiu fazer voar uma pipa porque todas enganchavam
em alguma árvore, nunca ganhou um jogo de beisebol (e nem chutar as
bolas seguradas pela Lucy) e, principalmente, jamais teve coragem para
falar com a garotinha ruiva e confessar o seu amor?”
(texto de ValGroo Vaz)